Polis - Distrito Centro

Os anos 70 marcam uma expansão muito grande em POLIS, o crescimento desorganizado e sem planejamento da época ficou marcado nas ruas estreitas do centro da cidade, segundo mais populoso e conhecido pelo trânsito caótico, mas as agruras do transporte disputam lugar com a tranquilidade e belezas do Parque da Cunha. O distrito possui índices de qualidade de vida altos e em seus arredores situam-se as principais instituições de Saúde e Educação Superior da cidade: os hospitais Efeso, Abdera e Delphos e as universidades UNIFIPO e FIS. Na atenção básica 15 unidades de saúde formam a Rede de Atenção, sendo que uma delas conta com uma equipe ESF.

Informações adicionais:

  • Hospital Éfeso
    • O Hospital Éfeso é uma instituição privada que atende as operadoras de planos de saúde e particulares, estando atualmente sob a gestão da operadora Biomed, que arrendou o hospital em 2007. A operadora Biomed tem concentrado nesse hospital grande parte do atendimento, especialmente as internações, Pronto Socorro e SADT, de seus próprios beneficiários e de beneficiários de operadoras de outros municípios.
    • O hospital conta com 405 funcionários, tem 63 médicos credenciados sem vínculo empregatício e 24 médicos contratados, atuantes no Pronto Atendimento, UTI, SADT e cobertura nas enfermarias. O Éfeso tem uma área construída de 9.235 m² e localiza-se no centro de Polis, próximo a região Norte.
    • Há um ano, o hospital vem recebendo autuações do Centro de Vigilância Sanitária de POLIS. Vários serviços, segundo essa fiscalização, estão em desacordo com as normas e regulamentos da VISA. No último mês, foi exigido que toda a infraestrutura física do serviço de radiologia fosse reformada. A diretoria do hospital recorreu de tal autuação, em função da previsão de custos da obra. Há 2 anos o hospital tenta ser certificado pela ONA, conseguindo, em 2013, o nível 1 de certificação.
    • Indicadores Hospitalares:
    • Capacidades Ano 2010
      Número de leitos operacionais 115
      Centro cirúrgico 5 salas cirúrgicas
      Internações 5.700
      Cirurgias 2.854 cirurgias
      Pronto-socorro 57.800 atendimentos
      SADT 211.975 procedimentos
      Taxa de ocupação 60%
      Média de permanência 4,5 dias
      Intervalo de substituição 1,8 dia
      Total de óbitos 65
      Giro de Rotatividade 48 internações/leito
      Total de saídas 5.596
      Taxa de mortalidade 1,2%
      Taxa de infecção de cirurgia limpa 4,5%
    • A gestão hospitalar é constituída pelo diretor técnico, diretores de serviço e chefias de setores, todos indicados pela Operadora Biomed. Conta com diretoria clínica, eleita pelo corpo clínico do hospital. Em 2013 e 2014, as diretorias da operadora e do hospital iniciaram negociação com uma cooperativa médica visando à realização de contrato de prestação de serviços hospitalares para os beneficiários da cooperativa. Essas negociações não evoluíram em função da tabela de remuneração proposta pela cooperativa e da resistência dos médicos cooperados em relação a esta parceria. Mais recentemente, em função da possibilidade de suspensão do contrato da cooperativa com o hospital filantrópico de POLIS, as negociações se encontram em estágio avançado e com possibilidade da efetivação do referido contrato, sem ainda a concordância dos médicos.
    • Vigilância de âmbito hospitalar
    • O hospital foi autuado pela vigilância sanitária por não ter uma CCIH formalmente constituída. As ações de controle de infecção são da responsabilidade de uma única enfermeira que trabalha 10 horas por semana no hospital. Não há um núcleo de vigilância epidemiológica, as notificações de DNC ficam a cargo da enfermeira que responde pelo controle de infecção, mas no ano anterior o hospital não notificou nenhuma DNC. O hospital não possui um Núcleo de Segurança do Paciente e não realiza nenhuma atividade de fármaco, tecno ou hemovigilância.
  • Hospital Municipal Abdera
    • O Hospital Municipal Abdera foi fundado em 1975, como autarquia pública municipal, para atender urgência/emergência no município. Em 2001, após o financiamento do hospital ser contingenciado por dificuldades financeiras da Prefeitura, a autarquia municipal realizou a doação do hospital para a Universidade Federal de Polis (UFPOL), que desde então administra a unidade com recursos do governo federal. Nos últimos dez anos, houve um crescimento do atendimento aos quadros oncológicos, que passaram a responder por 50% das internações. Essa mudança no perfil comprometeu a disponibilidade de leitos para as urgências/emergências e vem gerando superlotação do Pronto Socorro. Há dois anos, o financiamento do hospital foi contingenciado por dificuldades financeiras da Prefeitura. O pagamento dos funcionários é regular, mas há 2 anos não há recursos para investimento. As demais despesas de custeio são financiadas com recursos do faturamento SUS.
    • Na contratualização realizada no início de 2014, com o gestor local, foi firmado o valor de R$ 4.350.000,00 por mês pelos serviços prestados. Em média, tem sido pagos R$ 3.900.000,00. Certificado pelo Ministério da Saúde como hospital de ensino em outubro/2004 e recertificado em setembro/2010. A contratualização do SUS auxilia com recursos que giram em torno de 46,8 milhões de reais.
    • O hospital está localizado no centro de Polis com 38.167,61 m² de área construída. O hospital tem 3.200 funcionários, 72% são servidores públicos e 28% terceirizados.
    • Indicadores Hospitalares:
    • Capacidades Ano 2010
      Número de leitos operacionais 460 leitos (48 leitos UTI e 30 leitos semi-intensivos)
      Centro cirúrgico 12 salas
      Centro cirúrgico ambulatorial 8 salas
      Internações 19.510
      Cirurgias 11.998
      Pronto-socorro 436.876
      Ambulatórios 173.342 em 28 especialidades
      Oncologia: UNACON - radioterapia 11.422 consultas e 33.956 aplicações
      SADT 1.646.600
      Taxa de ocupação 88,28%
      Média de permanência 5,89 dias
      Mortalidade hospitalar 8%
      Mortalidade institucional 6%
      Taxa de infecção de cirurgia limpa 6,19%
    • A gestão do hospital Abdera é realizada com colegiados gestores de diretores, coordenadores e de trabalhadores. Suas instâncias deliberativas são: colegiado da unidade de produção; colegiado gestor do hospital; e conselho local de saúde. As instâncias executivas são representadas pela: Diretoria Executiva, composta por Presidência, Diretoria Técnica, Diretoria Administrativa e Área de Ensino; e Gerências das unidades de produção. As diretrizes do hospital são traçadas pelo conjunto dos Colegiados dos Gestores e do Conselho Local de Saúde.
    • Somado à tradição na prestação de assistência à saúde, desde 2001 o Hospital coloca as atividades de pesquisa e de ensino como parte de sua missão institucional, definindo concepções claras para o direcionamento e desenvolvimento de ambos.
    • Uma das diretrizes estabelecidas foi a indissociabilidade entre atenção, ensino e pesquisa. Como desdobramentos, foram sendo criados grupos e linhas de pesquisa institucionais, de modo a contemplar as questões centrais da assistência à saúde no Brasil como:
    • a) abordagem das necessidades do SUS;
      b) a organização do trabalho em saúde em redes de atenção;
      c) a humanização do cuidado;
      d) o desenvolvimento da pesquisa científica de cunho epidemiológico, clínico e social em saúde;
      e) a necessidade da construção e incorporação de protocolos ou diretrizes de cuidados;
      f) avaliação da incorporação de novas tecnologias.
    • Vigilância de âmbito hospitalar
    • O hospital tem um Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVE) que notifica as DNC e tem um Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) que atende a Polis. Também possui um Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar, com uma comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) formalmente nomeada. A gestão do hospital tem interesse que o NVE seja incorporado como um Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) nível III do Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em âmbito Hospitalar do Ministério da Saúde para que tenha acesso ao incentivo financeiro disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Porém a gestão do hospital está com dificuldades de contratação de profissionais para o NVE. Soma-se a isso, o fato do hospital ainda não ter um Núcleo de Segurança do Paciente, que passou a ser obrigatório pela RDC 36/2013 da ANVISA e não ter disponibilidade de profissional, com formação em vigilância, para trabalhar nesses núcleos.
  • Universidade Filantrópica de Polis - UNIFIPO
    • A universidade filantrópica de Polis - UNIFIPO é mantida por uma Sociedade Confessional Beneficente e foi fundada em 1978. A UNIFIPO tem grande credibilidade, tanto no que diz respeito à formação profissional, quanto ao atendimento na saúde. Na área da saúde, oferece os cursos de Medicina, Odontologia, Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Educação Física e Psicologia. Nesta universidade, o curso de Serviço Social foi incorporado à área da saúde. Todos estes cursos oferecem 50 vagas por ano, com exceção do curso de medicina que oferece 100.
    • O ensino da UNIFIPO baseia-se no método tradicional com algumas atividades utilizando métodos ativos de ensino aprendizagem e a avaliação do desempenho dos estudantes também utiliza conceitos numéricos. A universidade participa do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. Na última avaliação de 2013, o curso de medicina obteve conceito 4 na avaliação do curso e conceito 4 no Exame Nacional de Desempenho do Estudante. Estes conceitos colocaram a UNIFIPO entre as 5 melhores universidades do Estado. Os demais cursos obtiveram conceitos que variavam entre 2 e 3 na avaliação do curso e 3 e 4 no desempenho dos estudantes.
    • Uma grande parte do corpo docente é titulada com doutorado e mestrado, embora 20% dos professores ainda não iniciou o mestrado. Atualmente, a UNIFIPO inclui os preceptores como professores voluntários, que recebem uma ajuda de custo para acompanhar alunos nos cenários de prática do SUS. Somente o curso de medicina participa dos Programas Pró-Saúde e Pet-Saúde. A participação do curso de medicina no Pró-Saúde promoveu o desenvolvimento do campo de prática na atenção primária e deu maior visibilidade para as pesquisas feitas na comunidade.
    • A UNIFIPO tem uma construção histórica de integração ensino-serviço e sempre se comprometeu com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Os alunos da UNIFIL fazem estágios em UBS de POLIS e no Hospital Municipal de Abdera. A UNIFIPO é responsável pela maior parte do atendimento à saúde da população dos distritos das regiões sul e oeste.
    • Os cursos da UNIFIPO são bastante procurados porque apesar da reconhecida qualidade da oferta de ensino, tem mensalidades que estão entre as mais baratas do Brasil. A Universidade, junto ao Hospital Municipal Abdera, oferece 110 vagas de residência médica.
  • Faculdades Integradas da Saúde - FIS
    • A instituição de ensino superior Faculdades Integradas da Saúde - FIS não é uma universidade, pois não preenche os critérios do Ministério da Educação para isto. Trata-se de uma instituição de ensino privada que oferece, exclusivamente, cursos técnicos e de graduação na área da saúde, desde 2002. São ofertadas 40 vagas anuais nos cursos de graduação em Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição e Fonoaudiologia.
    • A FIS utiliza o método de ensino tradicional em todos os seus cursos e a avaliação utiliza o sistema de notas. Na avaliação do SINAES a FIS recebeu conceitos entre 2 e 3, respectivamente na avaliação dos cursos e no ENADE.
    • A FIS tem tentando autorização para abrir um curso de medicina, mas ainda não obteve êxito. O corpo docente é constituído na maioria por mestres e especialistas, contratados sob o regime horista. A FIS utiliza como campos de estágio hospitais secundários da região metropolitana da POLIS, onde os professores da FIS atuam como profissionais de saúde. Seus cursos, em geral, tem início com todas as vagas preenchidas, no entanto apresentam alto índice de evasão, que em alguns casos chega a 50%. As mensalidades são consideradas acessíveis, sendo as mais baixas entre as instituições de ensino privadas da POLIS.
  • UBS Paros
    • O atendimento médico em Polis foi durante muitos anos baseado em instituições privadas ou beneficentes. No Centro de Polis, a casa do Doutor Almeida de Souza era o local para consulta da população mais necessitada. O médico que não cobrava pelas consultas pleiteou junto com a Associação dos Moradores de Polis a construção de uma UBS que atendesse a população crescente da área. O projeto de implantação da nova UBS foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde e o credenciamento de uma equipe ESF, uma de Saúde Bucal e de ACS foi aprovado.
    • Em seus primeiros anos a UBS Paros foi sediada em uma casa alugada pelo município, em 2012 com recursos do Fundo Nacional de Saúde, foi construída a nova sede. A unidade é uma das mais novas do município, mas conta apenas com a equipe básica de seu credenciamento.
    • A carência no monitoramento e avaliação das ações de saúde da Unidade, não permite o planejamento estratégico nem valoriza as evidências epidemiológicas, refletindo em respostas inadequadas da Vigilância em Saúde na identificação de riscos e vulnerabilidades da população adscrita.