Distritos de Saúde

Polis está organizada em cinco distritos sanitários: centro, norte, sul, leste e oeste. Esses distritos foram delimitados a partir de um processo de territorialização, coordenado pela superintendência de atenção à saúde. Esse trabalho foi realizado em parceria pelas coordenações e equipes da atenção básica atenção especializada ambulatorial e atenção hospitalar. Foram levados em consideração aspectos geográficos, demográficos, epidemiológicos e socioculturais, sendo utilizadas diversas fontes de dados. As informações foram trianguladas no sentido de uma maior validação na definição dos territórios e populações adscritas. Os nomes das unidades e equipes foram definidos a partir do resgate das narrativas e lembranças dos ancentrais dos primeiros moradores de polis.

Distrito Norte

O distrito de saúde região norte tem sido o território priorizado pelo atual governo municipal, com ênfase na formulação de políticas sociais.

Com relação ao saneamento básico, 90% da população é servida com água tratada. A coleta de esgoto sanitário atinge 80% dos moradores e o sistema de coleta de resíduos sólidos atinge 73% dessa população. Com um crescimento demográfico de 3,0% ao ano, a população estimada para 2015 foi de 191.650 habitantes, sendo 50% do sexo feminino, com exceção das faixas etárias acima de 60 anos que alcança valores de 56%.

O distrito de saúde região norte apresenta uma tendência estável no número de nascidos vivos, com percentual de prematuridade de 8,6. O percentual de baixo peso ao nascer é de 10,6% e a taxa de cesárea é igual a 48%. A porcentagem de mães adolescentes é de 15,9%. O coeficiente de mortalidade materna por residência foi de 35,2%, e o percentual de parturientes com cobertura de sete ou mais consultas de pré-natal foi de 78%.

A mortalidade infantil, a partir de 2004, apresenta uma tendência de queda, com predomínio do componente neonatal. Em 2012, a mortalidade geral foi de 6,0 por 1.000 habitantes, sendo que dentre as principais causas de morte figuram:

• doenças do aparelho circulatório com coeficiente de 136,6/100.000 habitantes;
• neoplasias com coeficiente de 103,8/100.000 habitantes;
• doenças do aparelho respiratório com coeficiente de 75,0/100.000 habitantes;
• causas externas com coeficiente de 52,1/100.000 habitantes;
• conjunto das doenças infecciosas e parasitárias com coeficiente de 48,8/100.000 habitantes;
• doenças do aparelho digestivo com coeficiente de 47,2/100.000 habitantes;

Destaca-se que as causas mal definidas totalizam 14,8/100.000 habitantes.

O distrito vem, progressivamente, implantando um modelo de cuidado integral à saúde, adotando a estratégia saúde da família como eixo estruturante da rede de atenção básica. Conta atualmente com 51 Equipes de Saúde da Família – ESF e 51 Equipes de Saúde Bucal, inseridas em 17 UBS, que alcança 98% de cobertura populacional.

Todas as ESF contam com apoio das equipes dos NASF. As equipes, num arranjo organizacional matricial, atuam em conjunto com os profissionais das ESF, compartilhando e apoiando as práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade das equipes. Os demais serviços que integram a rede de cuidados são:

• Uma unidade de pronto atendimento – UPA com atendimento médico e odontológico de urgência, funcionando 24 horas dia, responsável pelo atendimento pré-hospitalar fixo, em situações caracterizadas como urgência;
• Uma equipe de EMAD articulada às equipes da UPA e das UBS;
• Um Centro de Especialidade Odontológica;
• Um CAPS tipo II para adultos portadores de doenças mentais;
• Uma clínica privada de fisioterapia, contratada pelo SUS;
• Dois ambulatórios de especialidades médicas privados, contratados pelo SUS; e
• Uma farmácia popular.

O município de POLIS aderiu ao PMAQ, com incentivo do Ministério da Saúde, tendo a adesão de 100% das UBS do distrito da região norte, como parte de um projeto piloto. Encontra-se no passo três do processo de implantação, já tendo solicitado a avaliação externa para certificação das equipes.

A equipe gerencial do distrito é constituída por um coordenador, um médico sanitarista, um enfermeiro e uma equipe de apoio administrativo. O Conselho Local de Saúde reúne-se mensalmente e participa do planejamento e avaliação das ações de saúde desenvolvidas pelas unidades básicas de saúde, coordenando o serviço de ouvidoria implantado no distrito por iniciativa própria. A demanda no serviço de ouvidoria é caracterizada por conflitos entre equipes e usuários; dificuldade de acesso a especialistas e exames complementares; a demora em conseguir o agendamento de consulta nas UBS; falta de medicamentos; dificuldades com o transporte sanitário e construção de academias da saúde para as equipes da atenção básica. A vigilância em saúde informa agravos heterogêneos no distrito, doenças emergentes, transmissíveis e não transmissíveis além das violências e traumas, problemas ambientais, em contextos culturais, políticos e socioeconômicos diversos, compondo um quadro complexo que demanda estrutura e organização adequada das equipes de saúde, o que tem se demonstrado ineficiente para o atendimento da população, uma vez que a ouvidoria registra graves problemas de desassistência da população local principalmente na região de invasão próxima ao Morro da Cunha.

A rede básica do distrito tem se constituído em uma rede escola, já que a totalidade das unidades básicas é cenário de ensino-aprendizagem, possibilitando uma aproximação do ensino-gestão-controle social-serviço. Em 2012, além da inserção de estudantes de graduação e de atividades de pesquisa, a Universidade Estadual de Polis inseriu residentes da residência médica em saúde da família e comunidade e residentes multiprofissionais em saúde da família de oito profissões de saúde: enfermagem, odontologia, fisioterapia, psicologia, terapia ocupacional, nutrição, serviço social e educação física em todas as UBS com equipes de saúde da família. Esta situação tem gerado pedidos de ampliação das unidades e pagamento de bolsa para os profissionais que supervisionam os estudantes.

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