Distritos de Saúde
Polis está organizada em cinco distritos sanitários: centro, norte, sul, leste e oeste. Esses distritos foram delimitados a partir de um processo de territorialização, coordenado pela superintendência de atenção à saúde. Esse trabalho foi realizado em parceria pelas coordenações e equipes da atenção básica atenção especializada ambulatorial e atenção hospitalar. Foram levados em consideração aspectos geográficos, demográficos, epidemiológicos e socioculturais, sendo utilizadas diversas fontes de dados. As informações foram trianguladas no sentido de uma maior validação na definição dos territórios e populações adscritas. Os nomes das unidades e equipes foram definidos a partir do resgate das narrativas e lembranças dos ancentrais dos primeiros moradores de polis.
Distrito Oeste
O distrito Oeste de POLIS é a região com menor população residente, são 99.434 habitantes. A região é a área para crescimento de POLIS, com estrutura planejada em loteamentos. A coleta de esgoto sanitário é de 86% no território e 95% das moradias é servida com água encanada. O crescimento demográfico no distrito é de 1,3% ao ano, e o número de mulheres no distrito é maior que o de homens, cuja porcentagem é de 48,93%.
O distrito Oeste apresenta tendência estável no número de nascimentos. A taxa de cesáreas é de 58% nos partos realizados. O percentual de crianças com baixo peso ao nascer em 2014 é de 9,08%. O percentual de gravidez na adolescência reduziu de 16,44% em 2010 para 13,2 em 2014.
As taxas de mortalidade materna e infantil reduziram no distrito Oeste, a primeira está em 4,81 e a segunda com 13,46 por mil nascidos vivos. Em relação aos percentuais gerais de óbitos, a principal causa são doenças do aparelho circulatório com 30,4% dos falecimentos, neoplasias com 15,9%, causas externas com 14,1% e doenças do aparelho respiratório com 10,5%.
A Rede de Atenção à Saúde no Oeste conta com 8 Unidades Básicas de Saúde, das quais 7 possuem equipe ESF, totalizando em 21 equipes atuantes no distrito. Compõe o serviço de atenção:
• Uma Unidade de Pronto Atendimento;
• Um Centro de Especialidades Odontológicas;
• Um CAPS tipo II;
• Um serviço de atenção domiciliar da Secretaria Municipal de Saúde;
• Um hospital geral com unidade de urgência e emergência; um hospital geral e especializado, incluindo de câncer, saúde mental, pediatria, oftalmologia, otorrinolaringologia, entre outros, com serviços de atenção ambulatorial especializada contratada;
• Um grupamento de salvamento e resgate – GSR que atuam em POLIS e nos demais municípios da região que possuem 02 ambulâncias tipo C;
• 2 ambulatórios privados de especialidades médicas, um destes contratado pelo SUS;
• Uma clínica de fisioterapia privada;
• Um centro de imagens;
• Um serviço de home care;
• Uma casa de apoio para saúde mental.
A gestão distrital no Oeste conta com ampla cobertura da Estratégia Saúde da Família, entretanto os profissionais de saúde da área reclamam constantemente da falta de profissionais fixos na região, em especial os médicos, o que dificulta o enfrentamento de diversos problemas da agenda da atenção básica na região, principalmente no que se refere ao acolhimento dos usuários em suas necessidades e a melhora na qualidade da atenção. Predominam os atendimentos de demanda espontânea reduzindo as ações de prevenção de doenças e promoção da saúde. Isso demonstra que há desarticulação entre as ações de regulação assistencial e a construção da integralidade, ou seja, o trabalho em rede. As principais demandas no atendimento referem-se a problemas ocupacionais dos trabalhadores industriais, a exposição a agentes químicos e poeira no ambiente de trabalho que provoca dermatoses ocupacionais. As notificações de leptospirose aumentam no distrito durante os meses chuvosos, devido ao tratamento precário de resíduos industriais e controle insuficiente de roedores, um reflexo da escassez de recursos na vigilância em saúde e despreparo dos profissionais que atuam na área, no planejamento e execução com os recursos disponíveis.
Os atendimentos na rede de atenção básica resumem-se em necessidades por ocorrência de emergências derivadas do labor dos usuários do SUS. Muitas vezes, as equipes relatam aos gestores a ineficiência nos atendimentos em emergências em saúde pública, uma vez que sentem a necessidade de maior articulação entre os atores envolvidos em tal prática, por exemplo da assistência com a vigilância sanitária a partir das notificações de leptospirose da região. Não há a institucionalização de ações em Emergência em Saúde Pública para as equipes de Saúde da Família, como por exemplo a construção de planos de emergência/contingência/ação eficientes em tempo de resposta para benefício dos usuários.
A Rede de Atenção Básica do distrito Oeste recebe os universitários ligados a UNIFIPO, que atuam integrados às equipes de saúde da família e NASF, proporcionando atendimento a praticamente toda a população residente no território.