Hospital Abdera

O Hospital Federal Abdera foi fundado em 1975, como autarquia pública municipal, para atender urgência/emergência na cidade. Em 2001, após o financiamento do hospital ser contingenciado por dificuldades financeiras da Prefeitura, a autarquia municipal realizou a doação do hospital para a Universidade Federal de POLIS (UFPOL), que desde então administra a unidade com recursos do governo federal. Nos últimos dez anos, houve um crescimento do atendimento aos quadros oncológicos, que passaram a responder por 50% das internações. Essa mudança no perfil comprometeu a disponibilidade de leitos para as urgências/emergências e vem gerando superlotação do Pronto Socorro. O pagamento dos funcionários é regular, mas há 2 anos não há recursos para investimento. As demais despesas de custeio são financiadas com recursos do faturamento SUS.

Na contratualização realizada no início de 2015, com o gestor local, foi firmado o valor de R$ 4.350.000,00 por mês pelos serviços prestados. Em média, tem sido pagos R$ 3.900.000,00, o que totaliza aproximadamente 46,8 milhões de reais. Certificado pelo Ministério da Saúde como hospital de ensino em outubro/2004 e recertificado em setembro/2010.

O hospital está localizado no centro de POLIS com 38.167,61 m² de área construída. O hospital tem 3.200 funcionários, 72% são servidores públicos e 28% terceirizados.

A gestão do hospital Abdera é realizada com colegiados gestores de diretores, coordenadores e de trabalhadores. Suas instâncias deliberativas são: colegiado da unidade de produção; colegiado gestor do hospital; e conselho local de saúde. As instâncias executivas são representadas pela: Diretoria Executiva, composta por Presidência, Diretoria Técnica, Diretoria Administrativa e Área de Ensino; e Gerências das unidades de produção. As diretrizes do hospital são traçadas pelo conjunto dos Colegiados dos Gestores e do Conselho Local de Saúde.

Somado à tradição na prestação de assistência à saúde, desde 2001 o Hospital coloca as atividades de pesquisa e de ensino como parte de sua missão institucional, definindo concepções claras para o direcionamento e desenvolvimento de ambos.

Uma das diretrizes estabelecidas foi a indissociabilidade entre atenção, ensino e pesquisa. Como desdobramentos, foram sendo criados grupos e linhas de pesquisa institucionais, de modo a contemplar as questões centrais da assistência à saúde no Brasil como:

a) abordagem das necessidades do SUS;
b) a organização do trabalho em saúde em redes de atenção;
c) a humanização do cuidado;
d) o desenvolvimento da pesquisa científica de cunho epidemiológico, clínico e social em saúde;
e) a necessidade da construção e incorporação de protocolos ou diretrizes de cuidados;
f) avaliação da incorporação de novas tecnologias.

Vigilância de âmbito hospitalar

O hospital tem um Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVE) que notifica as DNC e tem um Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) que atende a Polis. Também possui um Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar, com uma comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH) formalmente nomeada. A gestão do hospital tem interesse que o NVE seja incorporado como um Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) nível III do Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em âmbito Hospitalar do Ministério da Saúde para que tenha acesso ao incentivo financeiro disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Porém a gestão do hospital está com dificuldades de contratação de profissionais para o NVE. Soma-se a isso, o fato do hospital ainda não ter um Núcleo de Segurança do Paciente, que passou a ser obrigatório pela RDC 36/2013 da ANVISA e não ter disponibilidade de profissional, com formação em vigilância, para trabalhar nesses núcleos.

     
     
Número de leitos operacionais   460
Centro cirúrgico   12 salas
Centro cirúrgico ambulatorial   8 salas
Internações   19,510
Cirurgias   11.998
Pronto-socorro   436.876
Ambulatório   173.342 em 28 especialidades
Oncologia: UNACON - radioterapia   11.422 consultas e 33.956 aplicações
SADT   1.646.600
Taxa de ocupação   88,28%
Média de permanência   5,89 dias
Mortalidade hospitalar   8%
Mortalidade institucional   6%
Taxa de infecção de cirurgia limpa   6,19%

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