Hospital Universitário Estagira

Fundado em 1960, atualmente sob gestão estadual, o Hospital Universitário Estagira está contratualizado com a Secretaria Estadual de Saúde e o alcance das metas é objeto de avaliação trimestral por comissão de acompanhamento específica. Certificado junto ao Ministério da Saúde como Hospital de Ensino, constitui-se em cenário de práticas para estudantes de graduação e pós graduação da área da saúde, especialmente para as residências em saúde.

O hospital localizado no distrito Leste tem área construída de 33.300 m² e o corpo de funcionários é de 2.050 trabalhadores, 50% destes em atividade de cuidado. A contratualização com o SUS gera recursos de R$ 48 milhões.

A atual gestão estabeleceu os seguintes objetivos estratégicos para os próximos 4 anos: repactuar o projeto do complexo assistencial; romper o isolamento político e promover a rearticulação com as forças da sociedade civil organizada; ampliar parcerias; reestruturar o processo de gestão; instituir a educação permanente integrando serviço e academia; promover a mudança do modelo de atenção; implantar programa de acreditação internacional; criar mecanismos/dispositivos de valorização profissional; fortalecer a integração com a rede de atenção do SUS loco-regional; e aprimorar os processos de comunicação no complexo.

O Estagira recebe muitos pacientes do hospital da operadora Biomed e dos demais hospitais privados contratados/conveniados ao SUS, que desejam fazer exames, em sua maioria de alto custo, como tomografia e ressonância, e solicitam o laudo para levar ao hospital privado. Isto gera conflitos da equipe com pacientes e familiares. O Hospital tem inúmeros processos no Ministério Público em função desses conflitos e também para internações compulsórias de pacientes, inicialmente assistidos pelos hospitais privados conveniados/contratados do SUS e, conforme intercorrência, referenciados ao Hospital Universitário.

 

Gestão

A gestão hospitalar é constituída de uma equipe de diretores e assistentes técnicos, que formam um Colegiado Gestor responsável pela discussão e tomada de decisão de forma coletiva. O Superintendente do Complexo tem representação no Conselho Municipal de Saúde de POLIS.

Está em fase de implantação o Núcleo de Regulação Interna que visa à regulação de leitos e cirurgias, pela gestão, o que vem sendo motivo de inúmeros conflitos. No último semestre, a equipe de gestão do Hospital propôs uma mudança no modelo de cuidado hospitalar, encontrando resistências, principalmente dos docentes e residentes, que inviabilizaram a continuidade do projeto. O Hospital conta com uma equipe de Ouvidoria, sendo a sistematização dos dados pautada para a discussão no colegiado de gestão. Em 2014, a resolutividade deste setor foi de 64%, sendo a grande maioria das demandas procedentes. A média de reclamações é de 1,2/dia, sendo as principais queixas: estrutura e processo de trabalho (organizacionais), atraso de relatórios médicos e demora no agendamento de cirurgia ou procedimentos eletivos.

Em 2014 ocorreram 4.200 licenças, acarretando 10.789 dias de afastamento, sendo que a maioria das faltas foi de profissionais do sexo feminino, com predomínio da faixa etária entre 26 a 30 anos.

Vigilância de âmbito hospitalar

O hospital tem um NHE nível III que faz parte do Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em âmbito Hospitalar do Ministério da Saúde. Em 2014, notificou 1.603 casos, sendo as principais morbidades: 35,1% dengue; 20,3% acidentes de trabalho; 9,4% acidentes por animal potencialmente transmissor de raiva e 7,5% intoxicação exógena, entre outras.

O hospital é a referência para as patologias infecciosas com risco epidêmico, tendo sido o responsável pelo atendimento aos pacientes com síndrome gripal com suspeita de H1N1 de toda a região desde 2012.Realizou vacinação para os trabalhadores, docentes e discentes, atingindo 98% de cobertura. Com relação à dengue, o Hospital Universitário Estagira notificou 454 casos confirmados e prestou assistência a um paciente com dengue hemorrágica que foi a óbito.

O hospital tem um Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar que faz vigilância das infecções nas UTIs do hospital e tem tido dificuldade em reduzir a incidência de infecções por bactérias multirresistentes a antibióticos.

O hospital já possui um Núcleo de Segurança do Paciente que integra a Rede Sentinela da ANVISA para notificação de eventos adversos/queixas técnicas relacionadas à utilização de medicamentos, hemoterapia e produtos para a saúde.

As atividades de vigilância estão integradas às atividades de ensino, sendo que os residentes de enfermagem e medicina realizam estágio nos núcleos de vigilância.

Serviços de Urgência/Emergência

A Unidade é referência em várias especialidades para a região e está inserida na regulação do estado, que adota a política da “vaga zero”, o que vem gerando superlotação do serviço, comprometendo a qualidade do cuidado. As equipes médicas têm inúmeros conflitos com a gestão, em função das condições de trabalho advindas da superlotação e tomam decisões unilaterais de fechamento do serviço, formulando denúncias no Ministério Público e fazendo boletins de ocorrência para preservação de direitos.

     
     
Número de leitos operacionais   290 leitos
Centro obstétrico   5 salas
Centro cirúrgico   12 salas
Internações   14.995
Internação domiciliar   20 leitos
Cirurgias   7.600
Pronto-socorro   108.000 atendimentos
Ambulatórios   603.000 atendimentos, sendo: 462.000 consultas médicas, 7,3% de primeiras consultas e 10,3% de percentual de alta mensal
Oncologia: CACON   37.500 procedimentos
Hemocetro   41.600 coletas
SADT   1.215.000 procedimentos
Alimentação e nutrição   795.600 dietas, 60.060 mamadeiras e 756 nutrições prenterais
Taxa de ocupação   0,862
Média de permanência   6 dias
Intervalo de substituição   0,96
Giro de rotatividade   52,4
Mortalidade hospitalar   5,5
Total de óbitos   715
Taxa de IH anual média   0,082
Taxa de infecção de cirurgia limpa   0,021
Número de partos   2860
Taxa de parto cesárea   0,45

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